Alterações do Equilíbrio na Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais frequente, logo a seguir à doença de Alzheimer. É uma doença crônica e progressiva do sistema nervoso central que consiste na morte de células produtoras de um neurotransmissor chamado de dopamina. Afeta cerca de 1% da população, normalmente entre os 50 e 60 anos de idade. E as alterações do equilíbrio na Doença de Parkinson, podem levar a grandes impactos na qualidade de vida.

Em nosso cérebro existe uma região que nós chamamos de Substância Negra. É nessa região que nós produzimos a dopamina, que é um neurotransmissor que atua na realização de movimentos voluntários de forma automática, levando a informação do nosso cérebro até o restante do corpo. Na doença de Parkinson, ocorre uma degeneração dessa área, com consequente diminuição dos níveis de dopamina.

Subtancia Nigra,
Subtancia Nigra, área do cérebro produtora de dopamina,

 

Diminuição da dopamina o uue causa , e alterações no equilíbrio na doença de Parkinson
Esquema mostrando a diminuição da produção da dopamina gerando parkisonismo.

 

Essa falta de dopamina, atrapalha a coordenação motora do paciente levando a sintomas como tremores, rigidez muscular, lentidão dos movimentos, alterações na fala, desequilíbrio e tontura. Vale lembrar que cerca de 30% dos pacientes que apresentam esses sintomas, não têm a Doença, tendo outras causas e nesses casos chamamos de parkinsonismo. Inclusive, uma medicação muito utilizada por aí para tratar tontura, pode levar a esses sintomas. Por isso, é muito importante procurar um médico com especialização em otoneurologia para diagnóstico e tratamento corretos. Tenha em mente, tomar medicação sem indicação correta pode causar mais danos.

A alteração dos movimentos nesses pacientes gera bastante desequilíbrio, dificultando até mesmo a execução de atividades simples do dia-a-dia, e aumenta bastante o risco de queda nesses pacientes. Além disso, quedas de pressão e dificuldades de sono, podem ocasionar tonturas, e assim, aumentando ainda mais esse risco de queda.

Tem tratamento?

A doença de Parkinson é uma doença crônica e degenerativa, para a qual ainda não cura. Contudo, existem uma série de medidas que podem ser adotadas para retardar a evolução da doença, e amenizar os sintomas, a fim de dar ao paciente uma melhor condição de vida.  Podemos fazer uso de algumas medicações que aumentam a liberação de dopamina. Também é importante a fisioterapia para fortalecimento muscular, melhorando a deambulação do paciente e principalmente evitando o risco de quedas. A fonoterapia também pode ajudar nos distúrbios da deglutição ou da fala.

Você ainda tem alguma dúvida sobre as alterações do equilíbrio na Doença de Parkinson? Então faça a sua pergunta aqui nos comentários.

 

Escrito por Dr. Douglas Ribeiro

Otorrinolaringologista. com foco no tratamento da tontura e zumbido
CRM-SP 163.108 / RQE 67.472

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