Tontura na Alimentação: O Que Saber

Descubra como a dieta impacta a tontura! Saiba quais alimentos ajudam ou prejudicam esse sintoma desconfortável.

 

Entender como a alimentação afeta as tonturas pode ser uma chave importante para quem busca maneiras práticas de lidar com esse desconforto. A alimentação influencia diretamente nossa saúde geral e também pode impactar sintomas específicos como a tontura. A tontura pode deixar a pessoa desorientada e, em muitos casos, fazer ajustes na dieta pode ajudar a reduzir sua ocorrência.

Alguns nutrientes, como ferro e vitamina B12, são essenciais porque ajudam a prevenir a anemia, uma causa comum de tontura. Por outro lado, comer muita comida salgada ou beber bebidas com cafeína pode fazer a tontura piorar, especialmente em pessoas com condições de saúde que afetam o equilíbrio de líquidos no corpo.

Beber bastante água também é fundamental. A desidratação é uma das razões mais comuns para sentir tontura, então manter-se bem hidratado pode prevenir ou aliviar esse problema. É importante lembrar que cada pessoa reage de maneira diferente aos alimentos. Por isso, pode ser necessário ajustar a dieta de acordo com as reações individuais, observando como seu corpo responde a diferentes tipos de alimentos.

 

Quais alimentos são bons para consumir?

Alimentos ricos em ferro: O ferro é um componente chave da hemoglobina, que ajuda no transporte de oxigênio pelo sangue. Uma deficiência de ferro pode levar à anemia, uma condição comum que causa tontura. Incluir alimentos ricos em ferro como carne vermelha, feijão, tofu, lentilhas, espinafre e sementes de abóbora na dieta pode ajudar a aumentar os níveis de ferro e, consequentemente, melhorar a circulação e reduzir a tontura.
Vitamina B12: Essencial para a produção de células vermelhas do sangue e manutenção do sistema nervoso, a vitamina B12 é outro nutriente que ajuda a prevenir tonturas. Fontes ricas em vitamina B12 incluem produtos de origem animal como peixe, carne, ovos e laticínios. Para aqueles que seguem uma dieta vegetariana ou vegana, considerar suplementos de vitamina B12 ou alimentos fortificados pode ser uma boa opção.
Gengibre: Conhecido por suas propriedades que combatem náuseas e vertigem, o gengibre pode ser um aliado contra a tontura. Consumir gengibre em forma de chá, cápsulas ou até mesmo fresco pode ajudar a aliviar os sintomas de tontura, especialmente aqueles relacionados a problemas de movimento ou enjoos.
Bananas: As bananas são uma excelente fonte de potássio, um mineral que ajuda a manter o equilíbrio de fluidos e eletrólitos no corpo. Desequilíbrios nesses fluidos podem causar tonturas. Comer bananas regularmente pode ajudar a regular esses níveis, melhorando a função neurológica e reduzindo a probabilidade de tontura.
Nozes e sementes: Ricas em vitamina E e magnésio, nozes e sementes podem ajudar a melhorar a saúde do ouvido interno e, por sua vez, a função vestibular, que quando comprometida, pode causar tontura. Alimentos como amêndoas, sementes de girassol e nozes do Brasil são escolhas nutritivas que podem beneficiar o equilíbrio corporal.

 

Além de incorporar esses alimentos à dieta, é importante que as pessoas que sofrem de tontura monitorem como se sentem após comer e ajustem sua alimentação conforme necessário. Comer refeições menores e mais frequentes ao invés de poucas refeições grandes também pode ajudar a manter os níveis de açúcar no sangue estáveis, o que é benéfico para evitar tonturas. Acompanhar e ajustar a dieta com a ajuda de um profissional de saúde, como um nutricionista, pode proporcionar orientações personalizadas e eficazes para combater a tontura através da alimentação.

Quais alimentos evitar?

 

Ao contrário, para quem sofre de tontura, certos alimentos e substâncias podem exacerbar os sintomas, sendo assim prudente limitar ou evitar seu consumo. Conhecer esses alimentos e entender como eles impactam o equilíbrio corporal e a saúde vestibular é crucial para gerenciar a tontura eficazmente.

Alimentos com alto teor de sal: O consumo excessivo de sal pode levar à retenção de líquidos, aumentando a pressão nos vasos sanguíneos e, possivelmente, no ouvido interno, agravando as condições como a doença de Ménière, que está diretamente ligada à tontura. Limitar alimentos como snacks processados, conservas e fast foods, que geralmente contêm altos níveis de sódio, é recomendado [1]1.
Cafeína: Presente em bebidas como café, chá, certos refrigerantes e chocolates, a cafeína é um estimulante que pode provocar palpitações cardíacas e episódios de tontura em algumas pessoas. Reduzir a ingestão desses itens pode ajudar a controlar os sintomas em indivíduos sensíveis à cafeína.
Álcool: O consumo de álcool pode afetar o ouvido interno e alterar a circulação sanguínea, além de interferir na habilidade do cérebro de interpretar as informações do ouvido interno, levando a uma sensação de desequilíbrio e tontura. Assim, é aconselhável moderar ou evitar o consumo de álcool se você frequentemente experimenta tonturas.
Açúcares simples: Alimentos ricos em açúcares simples, como doces, bolos e alguns refrigerantes, podem causar picos e quedas nos níveis de açúcar no sangue. Essas flutuações podem contribuir para episódios de tontura. Optar por fontes de carboidratos complexos e manter uma alimentação equilibrada ajudam a manter os níveis de glicose mais estáveis.
Alimentos gordurosos e pesados: Grandes quantidades de alimentos ricos em gorduras, especialmente se consumidos rapidamente, podem exigir mais energia para digestão, reduzindo temporariamente a circulação de sangue para o cérebro e assim, causando tontura. Comer refeições mais leves e frequentes pode ajudar a evitar esse problema.

 

Além de estar atento a esses alimentos, é benéfico para pessoas com tontura manter um diário alimentar para identificar e evitar gatilhos específicos. Assim, alterações dietéticas devem ser consideradas parte de um plano de manejo mais amplo, que pode incluir exercícios de reabilitação vestibular e consultas médicas regulares. Ajustar a dieta com orientação de um profissional de saúde pode fornecer uma abordagem personalizada e eficaz para controlar a tontura.

Alimentos podem ajudar ou piorar a tontura. Por isso devem ser bem escolhidos no tratamento da tontura

Conclusão:

Dessa forma, compreender a interação entre alimentação e tontura é vital para gerenciar esse desconforto. Incluir nutrientes como ferro e vitamina B12 e evitar alimentos ricos em sal e cafeína pode ajudar a reduzir a frequência da tontura. Ajustes dietéticos feitos com a orientação de profissionais de saúde podem fornecer estratégias personalizadas eficazes para melhorar a qualidade de vida em relação a este sintoma.

Referencias:

  1. Oğuz E, Cebeci A, Geçici CR. The relationship between nutrition and Ménière’s disease. Auris Nasus Larynx. 2021 Oct;48(5):803-808. doi: 10.1016/j.anl.2021.03.006. Epub 2021 Mar 26. PMID: 33773852.

 

Leia mais:

Guia Completo Sobre Tontura: Causas, Sintomas e Tratamentos

 

 

Escrito por Dr. Douglas Ribeiro

Otorrinolaringologista. com foco no tratamento da tontura e zumbido
CRM-SP 163.108 / RQE 67.472

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5 Comentários. Deixe novo

  • […] com cafeína, como café, chocolate e refrigerantes, podem piorar a tontura14. A cafeína afeta como o cérebro interpreta informações do ouvido interno, causando […]

    Responder
  • Maria Ghobrial
    02/08/2024 19:55

    Por favor aceita convênio da preventsenior?

    Responder
    • Olá. Atualmente, não aceitamos convênios da Prevent Senior. No entanto, muitos pacientes conseguem solicitar reembolso parcial ou total diretamente com seu plano de saúde. Recomendo que você entre em contato com a Prevent Senior para verificar as condições de reembolso para consultas e tratamentos realizados em nosso consultório.

      Responder
  • Ana Maria de Souza Costa
    02/11/2024 06:54

    Muito bom estas explicações. Minha esposa sifre de tonturas ou pressão na cabeça a mais de 4 anos e ninguém resolve. Toma Betaistina 48 e nada. Bom dia.

    Responder
    • Olá. Obrigado pelo retorno positivo! As tonturas persistentes da sua esposa, mesmo com o uso de betaistina, indicam que a causa pode ser complexa, envolvendo não só o ouvido, mas também aspectos circulatórios, metabólicos ou neurológicos. Continuar o acompanhamento com o especialista pode ser essencial para ajustar o diagnóstico e encontrar uma abordagem eficaz.

      Responder

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